sábado, 26 de fevereiro de 2011

Divã de areia


Moleira, caseira, sem eira nem beira

Encontro-me no asfalto descalço sem salto

Sem orgulho e muito menos documento

Caminho, caminhando, caminhei, sem lamento

Não, só lamento.

Lamento por lamentastes do meu lamento

Lamento por me usar como um instrumento,

Ao relento.

Virai a cara e caminhastes, ou só andou

Mas não se importastes com o que deixastes do seu amor.

Vento que embala meus cabelos no bailar da barra da saia

Saia que embala meu andar, meu tomara que caia

Tomara que não caia, tomara que não saia.

Areia que entra em meus dedos e dão forma aos meus passos

Escreva meus traços nos caminhos que laço

Faço, caço, laço sem nó, só para enfeitar

Enfeitar meus sonhos mal sonhados em uma cantiga de ninar

Conto pra ti meu mar

Encanto-me por ti, meu mar

Caldo salgado molha minha barra na beira da saia de frente pra praia

Tomara que caia

Leva contigo deixa o perigo, leva só o amor

Deixa o amor, deixa o perigo, leva o medo

Deixa o desejo

Receio, segredo, sem medo sem dor

Caminha pro fundo, sereno profundo

Puxa-me, bata-me, banhe-me, laça-me de volta para o começo

Começo,

Encontro-me no asfalto de salto

Com orgulho e sem documento

Lamento, ao relento.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mente a realidade


Tentei te encontrar no meu sonho, mas você não estava lá

Fechei os olhos cantei a mesma canção

Tudo estava no seu devido lugar

As pessoas andavam na mesma direção e sem sincronia

Mas faltava a parte que você me olhava e ria e tudo em volta parecia a voar

Lembro-me de ter te deixado ali, pois algo me chamava e pedi para não se mudar.

O despertador gritava, respondeu na hora errada de se levantar

Esfreguei os olhos marejados de sono, como um cão sem dono comecei a me arrastar

Voltei para onde estava, para mesma posição para não desandar

Tentei te encontrar no meu sonho, mas você não estava lá

Eu tenho certeza que te deixei aqui e pedi para não mudar.

As pessoas estão na mesma direção, andando e dizendo não, só não consigo entender

Não consigo achar a sua mão, você esta ali, mas cadê você?

Não sabia se era sonho ou realidade, para dizer a verdade eu senti medo

Você sabe de tudo de mim pra você não tem segredo.

Alguma coisa me chama uma pessoa no pé da cama que não para de gritar

“Menina acorda, pois o despertador já cansou de te chamar”

Me arrasto pela casa inteira, não sei bem o que estou fazendo

Penso que essa manhã não esta de brincadeira o tempo esta rendendo.

Encontro-te na metade do meu dia, escondida te conto meu segredo

“Sonhei contigo essa noite, mas isso me deu medo,

Tentei te encontrar no meu sonho mas você não estava lá

Na verdade até estava, mas mudou de lugar

Não falava não me tocava e fingia não me amar

Olhava-me estranho, com esse mesmo olhar”

Preferia ser surda ao te ouvir revelar,

“Estou confuso te amo, mas não quero te amar”

Tive a esperança de ouvir algo me gritando novamente,

Um despertador, uma pessoa ou um barulho estridente

Esfreguei os olhos marejados de lagrimas e como um cão sem dono comecei a me arrastar

Olhei para você, mas você não estava mais lá

Até estava, mas tinha mudado de lugar

Seus olhos frios me arrepiaram preferi andar e não te olhar.

Tudo estava em seu devido lugar, percebi que era realidade quando tudo começou a desabar.

Tentei te encontrar em meus sonhos, mas você não estava mais lá,

Estava em meu maior pesadelo, onde nunca mais quero te encontrar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Deixei a porta do meu coração aberta novamente para quem for capaz de entrar,pra quem tiver apto em encarar uma mulher que não tem medo de errar.

Entre, mas sem pedir licença, entre arrebatador, conquistador, de maneira que faça apaixonar, e que possa deixar meus devaneios para quem quiser achar.

Faça-me esquecer algo que outrora não pude levar.

Bata lá dentro e comece a pulsar, renda-se, como um escravo que não tenha onde morar, siga o fluxo incerto dos meus pensamentos e incertezas, sirva-se de amor, ódio, ciúmes, carinho, e não deixe concreto.

Enlouqueça, como um doente em um sanatório, e deixe-me entrar nas loucuras mais imprevisíveis, não deixe minhas marcas visíveis.

Enlouqueça-me, assim como eu enlouqueci outros rapazes, atormente-me, assim com aquelas canções chatas de bares.

Faça-me lembrar de seu nome a cada pulsar, a cada andar a cada passo que me escondo de você, como aquela música do outro carnaval que não sai minha cabeça.

Encontre-me ali, onde você me deixou.

Tome conta do meu corpo, assim como o maestro rege uma orquestra.

Rente a pele conte-me segredos de outra festa, esquente-me... Com o fogo que arde em seus olhos, me olhe profundamente, buscando traços de caminhos percorridos e laços aguerridos.

Por fim esconda-me em seus braços, e me tenha me possua como sua, pense em mim quando amanhece e quando adormece a luz da lua.




Gosto das coisas simples e imperceptíveis; o olhar serrado de sono, o pé na areia, o vento que afaga minha pele, os cabelos embaraçados na blusa branca. Gosto mais ainda do olhar de confiança, de ouvir uma gargalhada deliciosamente sonora, e ainda mais do sorrio tímido que pulsa no canto da boca e aperta o peito ... Aprendo mil vezes mais quando eu calo e deixo meu olhar falar.
Enquanto tiver o amanhã eu vou viver, enquanto tiver amanhã vou renascer.
Gosto de sentir a felicidade se apossando em cada parte do meu corpo, sinto a “vibe” de coisas novas e me encho de ansiedade e adrenalina para viver mais uma emoção.
Um mistura de amor, carinho, teimosia, frieza, alegria, esperteza, felicidade, orgulho... Tudo isso que compõe a Bruna. Paciência é a “qualidade” que mas me faz falta, mas que ainda estou em busca.
Minhas opiniões mudam mais que a cor do meu cabelo “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”, afirmo, discordo, assino em baixo, teimo, mas quase sempre entala na garganta.
As quantidades de amigos podem contar em apenas uma mão.
Enjôo tão rápido das coisas que as vezes enjôo de mim mesma, rotinas não são feitas para uma ariana. Desapaixono mais rápido do que me apaixono, um dia amo no outro dia nunca amei.
Se esbarrar em tudo, rir na hora errada, ficar vermelha a toa, deixar as coisas caírem, falar bobeira e não ligar de brincar em qualquer lugar pode-se considerar como charme ... sou uma pessoa muito charmosa. Mas acredito por eu ser desprovida de tal requisito me faz ser um tanto quanto charmosa.
“entre todas que eu sou tento encontrar quem é a que estar no poder,quem é que manda” Guardo minha seriedade, para usar na hora certa, nunca poderei ser o que alguém quer que eu seja.Porque eu só sei ser a Bruna: segura, brincalhona , contraditória, sensível , que ri, que chora, eu só sei ser eu , neurótica, ansiosa, nervosa, teimosa, bagunceira, alegre, risonha mesmo assim quase centrada, mas sempre objetiva .

quarta-feira, 21 de julho de 2010



Ser o homem invisível, uma mosquinha, uma feiticeira.

Gritar do nada no meio de tudo, sair correndo, fazer besteira

Dançar na chuva, saber de tudo, não ter responsabilidade

Entrar no Big Brother, saber como vou ser com mais idade

Não ter medo, ser valente, ser sempre capaz

Pensar que todos os corações houvesse paz

Morrer de amor, aprender a cantar, ter sempre a quem amar

Tocar todos os instrumentos, saber dançar, saber voar.

Se declarar, sair cantando e dançando, fazer da vida um musical

Crer em uma maior e melhor versão de Gandhi que trará a paz mundial

A política e seu parceiros um dia falarão a verdade

Brincar de ser criança, tornar o sonho em realidade

Ser rica, abraçar a primeira pessoa que encontrar

Comer um saco de balas ao invés de almoçar

Apertar todas as campainhas e correr

Ficar sempre com 5 anos, nunca mais crescer

Acordar todos os dias as 2 da tarde, e poder ler pensamentos

E que a vida fosse uma máquina digital para fotografar todos os momentos

quinta-feira, 15 de julho de 2010


As feridas estão curadas, ou apenas escondidas por uma farsa maquiagem que cerca meus sentimentos. Não vejo, não ouço, só sinto a sintonia da minha alma encontrando o caminho de volta para a sanidade.
Agora posso sentir que uma mão e um carinho esta a me amparar, enquanto as tais feridas se maquiarem poderei seguir sem manchas visíveis para minha consciência.
Sei que a qualquer momento a chuva doce de suas palavras pode desfazer a maquiagem que cobre a minha frieza, que por sua vez já se encontra mais uma vez desbotada.
Tenho medo de cair no encanto do arranhar da sua voz ao passar pelas cordas que as embalam e dão tom sedutor e irresistível para a minha farsa.
É incrível como sua pele tem a maciez exata para me aconchegar e seu cheiro pode ser tão enlouquecedor. Severo e ao mesmo tempo sereno, roubando meus sentidos e meus “achos” para você.
Seu corpo é um convite para mim, um convite para novas feridas ou um novo fim.

domingo, 11 de julho de 2010

Parecia Difícil


Naquele dia parecia difícil, parecia que nada mais faria sentido a partir daquele momento. A partir daquela última lágrima jurei para a única parte do corpo que ainda parecia viva que nunca mais moveria um músculo da minha face para chorar por outro alguém.
Parecia que seria difícil não ter alguma motivação, uma mola propulsora para meus atos minha atitudes e meu pensamento, parecia difícil esquecer alguém que teimava em não ser esquecido, um alguém que as lembranças gritavam e faziam o sangue pulsar de uma forma descontrolável e inigualável. Enquanto minha consciência brigava com minha insanidade eu tentava me encontrar dentro disso. Tentava encontrar a menina que um dia existiu no meio disso tudo.
Por mais que estivesse fora dos meus atos e controles eu sabia que a menina ainda estava ali, suplicando para que retornasse, para que assumisse mais uma vez o controle, ela queria sorrir de novo. Parecia difícil a ingenuidade perene dos olhos da menina voltar, o porquê da vontade do seu retorno ainda não era nítido.
Mesmo parecendo difícil, mesmo tudo e todos lutando contra, a menina de meus olhos era forte, forte demais, forte ao ponto de pisar nas lembranças e lutar para que sua alegria retornasse. Ela procurava uma motivação.
E a encontrou na simplicidade, lá foi onde ela achou a vitalidade, a vida e tudo de magnífico que há nela a motivou, e a incentivou a viver, a ‘criar um novo final’ para sua historia.
Parecia difícil porque eu queria que fosse difícil, aceitei que poderia ser possível passou a ser.
Tudo é possível a partir da perspectiva e vontade que é visto.