
Naquele dia parecia difícil, parecia que nada mais faria sentido a partir daquele momento. A partir daquela última lágrima jurei para a única parte do corpo que ainda parecia viva que nunca mais moveria um músculo da minha face para chorar por outro alguém.
Parecia que seria difícil não ter alguma motivação, uma mola propulsora para meus atos minha atitudes e meu pensamento, parecia difícil esquecer alguém que teimava em não ser esquecido, um alguém que as lembranças gritavam e faziam o sangue pulsar de uma forma descontrolável e inigualável. Enquanto minha consciência brigava com minha insanidade eu tentava me encontrar dentro disso. Tentava encontrar a menina que um dia existiu no meio disso tudo.
Por mais que estivesse fora dos meus atos e controles eu sabia que a menina ainda estava ali, suplicando para que retornasse, para que assumisse mais uma vez o controle, ela queria sorrir de novo. Parecia difícil a ingenuidade perene dos olhos da menina voltar, o porquê da vontade do seu retorno ainda não era nítido.
Mesmo parecendo difícil, mesmo tudo e todos lutando contra, a menina de meus olhos era forte, forte demais, forte ao ponto de pisar nas lembranças e lutar para que sua alegria retornasse. Ela procurava uma motivação.
E a encontrou na simplicidade, lá foi onde ela achou a vitalidade, a vida e tudo de magnífico que há nela a motivou, e a incentivou a viver, a ‘criar um novo final’ para sua historia.
Parecia difícil porque eu queria que fosse difícil, aceitei que poderia ser possível passou a ser.
Tudo é possível a partir da perspectiva e vontade que é visto.
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