quarta-feira, 21 de julho de 2010



Ser o homem invisível, uma mosquinha, uma feiticeira.

Gritar do nada no meio de tudo, sair correndo, fazer besteira

Dançar na chuva, saber de tudo, não ter responsabilidade

Entrar no Big Brother, saber como vou ser com mais idade

Não ter medo, ser valente, ser sempre capaz

Pensar que todos os corações houvesse paz

Morrer de amor, aprender a cantar, ter sempre a quem amar

Tocar todos os instrumentos, saber dançar, saber voar.

Se declarar, sair cantando e dançando, fazer da vida um musical

Crer em uma maior e melhor versão de Gandhi que trará a paz mundial

A política e seu parceiros um dia falarão a verdade

Brincar de ser criança, tornar o sonho em realidade

Ser rica, abraçar a primeira pessoa que encontrar

Comer um saco de balas ao invés de almoçar

Apertar todas as campainhas e correr

Ficar sempre com 5 anos, nunca mais crescer

Acordar todos os dias as 2 da tarde, e poder ler pensamentos

E que a vida fosse uma máquina digital para fotografar todos os momentos

quinta-feira, 15 de julho de 2010


As feridas estão curadas, ou apenas escondidas por uma farsa maquiagem que cerca meus sentimentos. Não vejo, não ouço, só sinto a sintonia da minha alma encontrando o caminho de volta para a sanidade.
Agora posso sentir que uma mão e um carinho esta a me amparar, enquanto as tais feridas se maquiarem poderei seguir sem manchas visíveis para minha consciência.
Sei que a qualquer momento a chuva doce de suas palavras pode desfazer a maquiagem que cobre a minha frieza, que por sua vez já se encontra mais uma vez desbotada.
Tenho medo de cair no encanto do arranhar da sua voz ao passar pelas cordas que as embalam e dão tom sedutor e irresistível para a minha farsa.
É incrível como sua pele tem a maciez exata para me aconchegar e seu cheiro pode ser tão enlouquecedor. Severo e ao mesmo tempo sereno, roubando meus sentidos e meus “achos” para você.
Seu corpo é um convite para mim, um convite para novas feridas ou um novo fim.

domingo, 11 de julho de 2010

Parecia Difícil


Naquele dia parecia difícil, parecia que nada mais faria sentido a partir daquele momento. A partir daquela última lágrima jurei para a única parte do corpo que ainda parecia viva que nunca mais moveria um músculo da minha face para chorar por outro alguém.
Parecia que seria difícil não ter alguma motivação, uma mola propulsora para meus atos minha atitudes e meu pensamento, parecia difícil esquecer alguém que teimava em não ser esquecido, um alguém que as lembranças gritavam e faziam o sangue pulsar de uma forma descontrolável e inigualável. Enquanto minha consciência brigava com minha insanidade eu tentava me encontrar dentro disso. Tentava encontrar a menina que um dia existiu no meio disso tudo.
Por mais que estivesse fora dos meus atos e controles eu sabia que a menina ainda estava ali, suplicando para que retornasse, para que assumisse mais uma vez o controle, ela queria sorrir de novo. Parecia difícil a ingenuidade perene dos olhos da menina voltar, o porquê da vontade do seu retorno ainda não era nítido.
Mesmo parecendo difícil, mesmo tudo e todos lutando contra, a menina de meus olhos era forte, forte demais, forte ao ponto de pisar nas lembranças e lutar para que sua alegria retornasse. Ela procurava uma motivação.
E a encontrou na simplicidade, lá foi onde ela achou a vitalidade, a vida e tudo de magnífico que há nela a motivou, e a incentivou a viver, a ‘criar um novo final’ para sua historia.
Parecia difícil porque eu queria que fosse difícil, aceitei que poderia ser possível passou a ser.
Tudo é possível a partir da perspectiva e vontade que é visto.

Como escrevo quando escrevo


Palavras, frases, versos, rimas, enquanto escrevo um turbilhão de idéias e palavras a vulso surgem em minha cabeça. Tento uni-las, desuni-las, por em um contexto, mas na maioria das vezes nada.

Mas não preciso, o que sinto necessidade é apenas de escrever, quando estou triste os textos são tristes, quando estou bem os textos me acompanham e quando estou feliz saem músicas.

Mas na maioria das vezes essa união de pensamentos não faz sentido. Mas o que importa quem vão lê-los?

O meu melhor amigo é o papel e a caneta, eles me “escutam” perfeitamente e nunca reclamam de serem amassados nos meus surtos de raiva.

Enquanto escrevo não preciso explicar o porquê eu sinto, o papel se satisfaz em “ouvir” o que eu estou disposta a contar.

Um momento de puro transe, uma vibe de calma envolve meus pensamentos, pelo simples fato de eu poder expressa-los, e ele nunca vai te dar uma “bronca” se pensar algo errado.

Fecho os olhos, cruzo as pernas, sento-me ao chão com as mãos fechadas, segurando a cabeça e os cotovelos encostado-se ao joelho... Pronto, não tem como o pensamento sair, dessa vez.

Finalmente da escuridão dos meus olhos começam a surgir palavras e às vezes ousam a surgir frases. Mas ainda sim não fazem sentido algum pra mim. Quando percebo minha testa já esta até dolorida de tão tensa que minhas sombracelhas se encontram, os óculos que antes estavam no rosto, já se encontram usado com tiara prendendo os cabelos que implicam com os meus olhos, os olhos que antes fechados está fitando um ponto na parede, um ponto fixo... E assim passam minutos.

Encontro dentro dessa confusão de idéias, palavras, loucuras... Um significado, a palavra-chave. Ponho-a como tema, e só começo aceitar as frases que sejam semelhantes a esse tema.

Entre rabiscos, escrita não lida, erros de português, letras entrelaçadas começa a criar um sentido, um sentido ainda sem sentido, mas passou a ter um foco. As pernas se descruzam, torna-se a cruzar, o cabelo que ainda briga com olhos, resolveu brincar de me fazer rir acariciando as minhas costas, a mão que não escreve repreende o cabelo, e começa a coçar os braços, pernas, costas, nariz, cabeça, mesmo que não estejam coçando.

A única coisa que não pode ocorrer é interrupção, pois por mais mínima que seja o pensamento escapole e começa se atropelar, as coisas passam a não ter sentido o tema muda.

Mas pêra ai? Qual era o tema desse texto? Ah, como escrevo quando escrevo, esse como me faz ter dúvidas, será que eu descrevo como eu escrevo ou como eu gostaria que estivesse escrevendo? E nessa confusão toda eu acho o meu tão procurado “como”,

Sou essa fusão de trejeitos e teorias. Segura, brincalhona, contraditória, sensível, que ri que chora, eu só sei ser eu, neurótica, ansiosa, nervosa, teimosa, bagunceira, alegre, risonha mesmo assim quase centrada, mas sempre objetiva.

Tudo em um mix, em um corpo imerso em desejos, vontades, urgências, dúvidas e sonhos. Eu aspiro um ar com um vento de zumbido brincalhão, que possa tentar tirar o peso de um mundo acusador de minhas costas.